O comércio já está reabrindo em muitas cidades e você, lojista, deve ter atenção aos protocolos de saúde necessários. Assim, além de prezar pelo bem-estar de colaboradores e clientes, você ajuda a controlar a pandemia, pré-requisito para a continuação do funcionamento da loja.
E como fazer isso? Bem, não existe um manual único, definitivo. O uso de máscara, do álcool em gel e o distanciamento social, como você já deve saber, são regras universais. No entanto, cada região tem decretos, que precisam ser respeitados.
Mas avaliamos opiniões de especialistas de negócios e da área da saúde para ajudar você a implementar ações para lidar melhor com esse momento de retomada do comércio.
Neste artigo, compartilhamos 4 ações que você deve ter ao reabrir a loja, de acordo com protocolos de saúde, e uma dica bônus. Confira!
Garanta a limpeza e o distanciamento social
Na volta ao serviço, explique à equipe por que é importante seguir os protocolos de saúde — fora e dentro da empresa. Isto é, esclarecer o motivo pelo qual devem evitar beijos e abraços, o compartilhamento de itens pessoais, como computador e telefone, e a necessidade de utilizar a máscara corretamente.
Aliás, além de álcool em gel, produtos de limpeza e lixeiras fechadas, você pode disponibilizar máscaras para a equipe.
Converse, ainda, sobre a importância de trocar a máscara e higienizar as mãos com frequência e o cuidado ao tossir e espirrar — especialmente no atendimento ao cliente.
As autoridades da sua região devem ter regras estabelecidas. Provavelmente, você precisará disponibilizar álcool em gel na entrada da loja e controlar o fluxo de pessoas. Acompanhe as notícias e respeite as normas de cada fase de reabertura do comércio da sua cidade.
Estabeleça uma rotina de limpeza de superfícies, seguindo os protocolos de saúde, lembrando sempre de higienizar botões de elevadores, cadeiras, balcões, teclados, sacolas de compras, maçanetas e até do ar-condicionado, que deve ter seu filtro trocado mensalmente. No entanto, mesmo que você tenha o aparelho na loja, é interessante deixar as janelas abertas e ventiladores ligados por 30 minutos, duas vezes ao dia.
A fim de promover o distanciamento social, talvez seja preciso repensar o layout da loja e de áreas comuns, como a copa e vestiários, além de priorizar o descanso ao ar livre e desestimular longas conversas nos corredores.
O home office — especialmente para colaboradores pertencentes ao grupo de risco ou com sintomas ou familiares doentes —, também deve ser considerado.
Outra dica é trabalhar com escalas. Será que você não pode reduzir as jornadas de trabalho nos primeiros meses ou alternar os dias de serviço?
Mas lembre-se: acolha bem seus colaboradores. Você pode não saber como eles passaram essas semanas ou meses em casa e é importante ter empatia.
Controle o fluxo e evite aglomeração de clientes
Antes mesmo de permitir a entrada na loja, talvez você tenha que medir a temperatura — não apenas de clientes, mas também de colaboradores, fornecedores e outros parceiros.
Se o termômetro indicar febre, ou seja, se a temperatura estiver superior a 37,5 °C, sugira que ele ou ela volte para casa e compre o produto desejado pelos canais virtuais da loja.
Verifique os protocolos de saúde da sua cidade sobre a limitação de pessoas para o tamanho da sua loja. Na entrada, mesmo que não seja regra, considere oferecer álcool em gel para higienização das mãos e colocar um tapete sanitizante.
Além disso, uma boa dica é sinalizar a loja com avisos sobre filas preferenciais, distanciamento necessário e cadeiras que não devem ser utilizadas, por exemplo.
No interior da loja, evite oferecer amenidades, como café, poltronas confortáveis e espaços infantis. O objetivo é fazer com que o cliente não fique muito tempo no estabelecimento.
Se você trabalha no varejo de moda, precisa ter ainda cuidado com os provadores. A utilização não é recomendada. O mesmo vale para produtos como maquiagem e óculos de sol. Como solução, você pode oferecer um prazo maior para trocas.
No entanto, se for permitido pelas autoridades, disponibilize um número menor de cabines e, a cada utilização, tenha alguém para higienizar o local. É importante, ainda, limpar as peças devolvidas, após experimentação ou troca, e somente depois de 72h disponibilizar em estoque novamente.
Mantenha os serviços de delivery, take away ou drive-thru
É possível que você tenha começado a vender pela internet devido à pandemia, como milhares de outras empresas no Brasil.
Se este for o caso — considere manter os serviços de entrega em que o cliente não precisa ir ou demorar na loja. A iniciativa pode, inclusive, gerar uma receita adicional, que é ainda mais bem-vinda nesta época, concorda?
Você pode manter ou iniciar o serviço por meio de entregadores próprios, aplicativos de entrega ou pelos Correios.
Essa última opção, aliás, pode ajudar muito lojistas que já têm um e-commerce ou vendem em marketplaces. Para saber mais, confira nosso artigo sobre como utilizar os Correios estrategicamente no comércio eletrônico.
Mas se você ainda não tem uma loja virtual para chamar de sua, você pode vender pelas redes sociais.
Lembre-se de garantir os cuidados com a saúde dos entregadores e com a higienização de encomendas. Incentive o distanciamento, o uso constante e correto da máscara e organize turnos de entrega, a fim de evitar o ir e vir constante de motoboys na loja para retirar produtos.
Uma boa ideia é enviar materiais informativos ao consumidor explicando os cuidados que a loja teve com a entrega e o que ele ou ela pode fazer para garantir, ainda mais, a proteção.
Evite o contato entre clientes e atendentes
É comum a formação de filas na sua loja?
Então considere ações para evitar a aglomeração de pessoas próximas aos operadores de caixa. Você pode, para isso, colar adesivos no piso indicando a distância mínima e até mesmo evitar a necessidade de ir a um balcão para pagar.
Isso pode ser feito por meio de compras online com retirada na loja, por exemplo, ou até mesmo da utilização de máquinas de cartão em qualquer espaço do estabelecimento, sem que o cliente precise ficar em pé em uma fila.
Naturalmente, para isso, deve haver um controle de estoque excelente, especialmente se a loja também vende online. Uma solução que pode ajudar nesse sentido é o Venda Móvel, sobre o qual você pode ler neste link.
Aliás, é importante incentivar pagamento por cartão, por aproximação e o uso de sacolas reutilizáveis, a fim de evitar a troca de moedas e cédulas, que podem transmitir o coronavírus.
E não se esqueça de higienizar as maquininhas e, se possível, instalar painéis de acrílico nos caixas da loja.
Dica bônus: cuidado com as finanças
Devido à pandemia e a necessidade de fechamento de algumas lojas, alguns impostos foram adiados. Isso significa que em um mês, você terá que pagar um valor que corresponde a dois meses de funcionamento, em uma época que as vendas, talvez, ainda não tenham voltado à normalidade.
Fique atento ou atenta ao cronograma e cuide do fluxo de caixa. Se necessário, orce linhas de crédito para descobrir oportunidades com boas taxas que te ajudem a pagar os impostos e outras obrigações.
Além disso, considere que a loja pode ter que voltar a fechar novamente, como aconteceu em algumas cidades nos Estados Unidos e em Campinas, São Paulo, por exemplo.
Ninguém quer que isso aconteça, mas é uma possibilidade que deve ser considerada, a fim de planejar compras, estratégias e, novamente, o fluxo de caixa.
Agora você tem algumas sugestões de como adaptar a sua loja aos protocolos de saúde necessários para o combate da pandemia, não é? Não se esqueça de que este não é um manual e que você precisa acompanhar as orientações das autoridades no seu município. O mais importante, em geral, é desenvolver ações para garantir a higiene e incentivar o distanciamento e o uso correto da máscara.
Aproveite que está aqui e leia o artigo ‘O que muda na reabertura do comércio após a pandemia‘ a fim de entender melhor como se adaptar ao “novo normal”.