Nos últimos anos, organizações e instituições públicas e privadas têm investido em projetos de transformação digital, visando a agregar agilidade, transparência e segurança a diversos processos do dia a dia.
O PIX é uma dessas iniciativas foi conduzida pelo Banco Central do Brasil (BCB) que introduziu uma nova modalidade para transações financeiras no país.
Mas, afinal, o que muda com a introdução dessa nova forma de pagamento no mercado? Será que o PIX substituirá o boleto bancário? Essas e outras respostas você encontra a seguir!
O que é o PIX?
PIX é o sistema criado pelo Banco Central do Brasil (BCB) para dar vida aos pagamentos instantâneos no país.
Essa solução permite realizar transferências e pagamentos em poucos segundos, entre pessoas, empresas e governo, a qualquer hora do dia – inclusive nos finais de semana e feriados – de forma prática e segura.
Os pagamentos instantâneos representam um novo arranjo dentro do sistema financeiro brasileiro que permitirá transações em tempo real, 24 horas por dia, 7 dias por semana, entre diferentes instituições, sem a necessidade de intermediários, como sistemas de cartões, adquirentes ou emissores.
Para fomentar a concorrência e manter a neutralidade, o BCB será o único responsável pela implantação, regulamentação, gestão de dados e infraestrutura de liquidação do PIX.
Segundo o BCB, essa centralização visa a garantir uma experiência simples e intuitiva ao usuário, com opções de realização de transações fáceis de localizar, seguras, com clareza de linguagem, ágil, precisas, transparentes e convenientes.
Como o PIX funciona e como ele pode ajudar as empresas?
O PIX foi projetado para ser uma opção de pagamento totalmente digital e ao mesmo tempo rápida, simples e segura.
Os pagamentos via PIX podem ser realizados por meio de:
- Códigos QR: entrando em mobile ou homebanking, é possível selecionar pagamento por pix e digitalizar o código QR fornecido pelo recebedor. Os dados de pagamento são exibidos para que o usuário concorde e confirme o pagamento.
- Chaves PIX: são “apelidos” que carregam todas as informações de uma conta bancária ou carteira digital. Assim, para realizar um pagamento utilizando essa opção, basta selecionar o tipo de chave de endereço que identifica o destinatário, como número de celular, e-mail ou CPF/CNPJ ou chave aleatória. Assim que os dados do receptor aparecem na tela do smartphone, basta definir o valor e confirmar a operação.
- Pagamentos por proximidade: Segundo o BCB, ainda em 2021 os usuários do PIX também poderão realizar transações por meio de tecnologias que permitem a troca de informações por proximidade, como a NFC.
- Manualmente: os usuários também podem realizar pagamentos por meio de preenchimento das informações bancárias, como número de conta corrente, agência, etc. assim como ocorre nas transações de TED e DOC. No entanto, essa é a opção menos prática e, por isso, é um dos modelos menos populares.
De fato, as grandes vantagens do PIX para as empresas são a eliminação de intermediários, como as operadoras de cartão de crédito e débito e emissores de boleto, e a agilidade com a que as transações são concluídas (geralmente, demora menos de 10 segundos).
Assim, as empresas se beneficiam da diminuição do custo das transações e também do prazo para recebimento dos recursos.
Para saber mais, acesse nosso artigo intitulado “PIX: o que é e como funciona esse novo meio de pagamento”!
Como funciona o boleto bancário e quais suas vantagens e desvantagens em relação ao PIX?
O boleto é um dos métodos de pagamento mais populares do Brasil. Segundo pesquisa realizada pela Neotrust em parceria com a Compre&Confie, 30% dos consumidores digitais pagam por suas compras utilizando essa modalidade.
A popularidade do boleto se deve principalmente à segurança e ao número de pessoas sem conta em banco no país. De acordo com uma pesquisa feita pelo Instituto Locomotiva, em 2019 tínhamos 45 milhões de desbancarizados no Brasil, que juntos movimentam mais de R$ 800 bilhões por ano.
Assim, o boleto pode ser considerado uma opção de pagamento mais democrática, já que para utilizar o Pix, é necessário ter conta em banco ou utilizar alguma carteira digital, como o PicPay, Mercado Pago, etc.
Já o boleto, qualquer empresa emite e ele pode ser pago em lotéricas, agências bancárias, caixas eletrônicos e em estabelecimentos habilitados, como supermercados, farmácias, etc.
O PIX também necessita de acesso digital, ou seja, smartphone ou computador com acesso a internet. Nesse sentido, o boleto também acaba sendo mais democrático e com alcance maior, por não impor esse tipo de exigência.
Por outro lado, o PIX oferece maior agilidade nas transações, que acontecem em tempo real, e possui custos menores, visto que elimina intermediários e a necessidade de impressão de documentos.
Afinal, o PIX substituirá o boleto?
Diante do exposto, é possível afirmar que, pelo menos a curto prazo, o PIX não substituirá o boleto bancário.
Isso porque o número de desbancarizados no Brasil ainda é muito grande e o acesso ao mundo digital ainda não é uma realidade para todos.
Além disso, muitos consumidores ainda apresentam resistência em utilizar meios de pagamento digitais, apesar de ser um número cada vez menor.
Mas, o fato é que o PIX tem maior probabilidade de substituir outros métodos de transferência de valores digitais, como o TED e o DOC.
Conforme destacou João Manoel Pinho de Mello, diretor do BCB:
“O Pix já é uma alternativa efetiva de uso principalmente para os casos de transferência. A quantidade de PIX em janeiro (de 2021) já ultrapassou a quantidade de TEDs e DOCs somados, em apenas pouco mais de 2 meses de operação plena.”
PIX ou Boleto: qual a forma de pagamento que sua empresa deve escolher?
Em suma, as empresas não precisam optar por uma opção em detrimento da outra. Quando se trata de métodos de pagamento, a melhor alternativa é implementar todas as modalidades que façam sentido para a sua atividade.
Apesar do PIX não substituir o boleto a curto prazo, é notório que essa é uma opção que ganhará cada vez mais espaço entre os consumidores.
De acordo com o BCB, a população brasileira está se tornando cada vez mais centrada no celular, o que significa que o e-commerce continuará gradativamente dando espaço ao m-commerce no futuro e a indústria de pagamento precisa estar preparada, já que os clientes esperam um processo de checkout mais simples do que o que eles têm hoje.
Além disso, as empresas que implementarem o PIX em estabelecimentos físicos, precisam integrar seus PDVs para agilizar os procedimentos e garantir um controle financeiro assertivo.
Se quiser saber mais sobre por que é importante considerar o PIX na sua empresa, confira nosso artigo ‘Meios de pagamento: qual o impacto nos resultados no meu negócio?‘ aqui no blog.
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