Nos setores de varejo, manufatura, food service e outros similares, os insumos e os produtos acabados representam a essência do negócio. Por isso, o estoque é considerado um dos ativos mais valiosos desse tipo de empresa. Assim, não possuir um controle de estoque eficaz coloca em risco a continuidade do negócio.
A tecnologia tem sido uma grande aliada das empresas na atividade de controlar os estoques, principalmente oferecendo sistemas gerenciais que fornecem informações realmente úteis, facilitando a tomada de decisões estratégicas.
No entanto, ainda existem muitos desafios que precisam ser superados para que as empresas consigam ser mais eficientes na realização dessa tarefa. Isso inclui a adoção da metodologia adequada e de práticas eficazes para controlar o fluxo de mercadorias de forma eficaz.
Este guia se propõe a apresentar tudo o que você precisa para iniciar o controle de estoque na sua empresa. Aqui, você encontrará conselhos, orientações, metodologias, políticas e dicas de como escolher o melhor software para sua operação. Todas as informações são de fácil compreensão e capazes de ajudar qualquer empresa varejista. Confira!
O que é controle de estoque?
O controle de estoque, também chamado de gestão de estoque, é o processo de garantir que a quantidade certa de mercadorias esteja disponível em uma organização. Com os controles internos e de produção adequados, essa prática garante que a empresa possa atender à demanda dos clientes da forma mais eficaz possível.
O controle bem-sucedido de estoque requer dados de compras, novos pedidos, expedição, armazenamento, recebimento, satisfação do cliente, prevenção de perdas, giro, dentre outros.
Quando este acompanhamento e gerenciamento é feito de forma adequada, é possível maximizar os lucros e ainda melhorar o índice de satisfação do cliente. Isso é possível porque as empresas passam a ter ferramentas e dados suficientes para avaliar seu estado atual e adequá-lo à projeção de vendas.
Além disso, as empresas passam a contar com uma precificação mais adequada e ainda conseguem reduzir custos e perdas, o que contribui para o aumento da lucratividade.
Outro ponto importante do controle de estoque é que ele pode ajudar a evitar grandes problemas, como a falta de produtos em estoque. Aliás, essa é uma situação que deve ser evitada ao máximo, pois pode trazer graves consequências a uma empresa varejista.
Uma parte integrante do controle de estoque é o gerenciamento da cadeia de suprimentos, que administra o fluxo de matérias-primas, bens e serviços até o ponto em que a empresa ou os clientes consomem os bens. O gerenciamento de armazém também cai diretamente na arena do controle de estoque.
Esse processo inclui a integração da codificação do produto, pontos de reordenação e relatórios, todos os detalhes do produto, listas e contagens de inventário e métodos de venda ou armazenamento. A administração do armazém deve sincronizar as vendas e compras com o estoque disponível de maneira eficaz e tempestiva.
Resumindo, controle de estoque é um termo de nível superior que abrange todo o processo de aquisição, armazenamento e venda de mercadorias.
Como o controle de estoque pode melhorar seus negócios?
A implementação de procedimentos adequados de controle de estoque pode ajudar a garantir que uma empresa esteja operando nos níveis financeiros ideais e que os produtos atendam às necessidades e expectativas dos clientes.
De fato, pesquisas realizadas no mercado varejista mostram que a falta de estoque pode fazer com que uma loja perca um em cada 100 clientes. Além disso, grande parte dos compradores em qualquer loja não costumam adquirir um item alternativo quando o produto que procura não está disponível.
Essa já é uma razão suficiente para levar as empresas a adotarem um controle de estoque, mas não é a única. Veja alguns outros problemas que um processo de controle eficiente pode evitar:
• Deterioração
• Estoque em excesso
• Erro de precificação
• Inconsistências entre relatórios e estoque físico
Os proprietários de pequenas e médias empresas podem ficar surpresos ao ver quanta ajuda eles podem obter e quanto de dinheiro que podem economizar gerenciando sabiamente seu estoque.
Dicas e conselhos para começar a usar o controle de estoque
Explorar completamente os meandros dos procedimentos e da teoria de controle de estoque pode ser muito para algumas empresas. As dicas abaixo podem ajudar a identificar o que você precisa fazer antes de implementar um novo processo de controle de estoque:
• Um bom plano de controle de estoque possui vários aspectos essenciais: Não basta comprar um software ERP que atenda às suas necessidades. É preciso pensar em formas efetivas para gerenciar seus pedidos desde a produção ou compra até a venda dos itens. A adoção de um sistema, obviamente, é de suma importância e ele deve levar em consideração aspectos como a integração com seu e-commerce, locais de estocagem, transferência e romaneio, inventário, etc.
• Planeje primeiro e depois execute: qualquer gerente experiente lhe dirá que o controle de estoque é uma atividade contínua e que deve ser revisada e atualizada frequentemente. No entanto, antes de implementar qualquer alteração é necessário que você planeje passo a passo a fim de evitar erros e interrupções.
• Garanta que você sempre tenha estoque crítico: sejam peças da máquina ou um item que é a espinha dorsal das suas vendas, determine qual estoque é crítico e garanta que esses itens nunca faltem. Para isso, você deve ter um processo de controle de estoque eficiente em vigor.
• Revise cuidadosamente todas as entradas: Um ponto chave da perda de estoque ocorre quando sua empresa recebe inicialmente um item. Revise atentamente as notas fiscais, as notas de entrada, confronte com os itens físicos e fique atento quanto aos possíveis danos e produtos avariados.
• Gerencie corretamente o inventário: Defina responsáveis pela realização do inventário e estabeleça procedimentos capazes de mitigar erros de contagem. Defina os responsáveis pela realização dos estoques e estabeleça processos capazes de cobrir todos os riscos de erro de contagem. Idealmente, sua equipe de contagem deve incluir pessoas que conheçam o funcionamento do armazém e a localização dos produtos.
• Encontre o equilíbrio entre os custos de estoque e os benefícios de ter estoque disponível: o desenvolvimento de um sistema de controle de estoque verdadeiramente eficaz depende de encontrar o equilíbrio certo entre o custo de fazer e armazenar o estoque e evitar faltas. Conhecer bem o seu negócio e ter ferramentas de gerenciamento que possibilitem calcular e acompanhar o giro de estoque permitirá que você escolha os métodos e técnicas de previsão corretos. Dessa forma, você não ficará com o dinheiro parado em mercadorias e não prejudicará o seu capital de giro nem seu fluxo de caixa.
• Escolha um software escalável: É tentador para as empresas, especialmente para a de pequeno e médio porte, adotar sistemas que atendem apenas às necessidades imediatas, sem vislumbrar um crescimento futuro. Dessa forma, com o passar do tempo, o controle de estoque passa a ser ineficaz para responder a uma demanda maior. Para evitar esse tipo de problema, é recomendável adotar soluções baseadas em nuvem, pois elas podem crescer com os negócios e fornecer as análises necessárias para acompanhar o crescimento das operações.
• Seu software é tão bom quanto seus processos: o software não pode resolver processos ruins, apenas automatizá-los. Por isso, você precisa rever o que funciona e o que precisa melhorado. Somente dessa forma é possível extrair o melhor de seu sistema.
Principais metodologias para controle contábil do estoque
Existem diferentes métodos para registrar as entradas, saídas e valorização do estoque contabilmente. Saiba um pouco mais sobre cinco tipos mais tradicionais e, ao mesmo tempo, os mais utilizados pelas empresas:
PEPS
Essa metodologia segue o princípio de que as mercadorias mais antigas do estoque são as que devem ser vendidas primeiro, evitando, assim, que os itens fiquem obsoletos. Daí o emprego da sigla PEPS, que significa “primeiro a entrar, primeiro a sair”.
Este é um dos métodos de valorização de estoque mais utilizados pelas empresas na atualidade. Com a tendência de aumento constante dos preços das mercadorias, esse modelo tende a valorizar o estoque pelo valor mais próximo ao praticado no mercado, uma vez que ele será composto pelos itens que foram adquiridos mais recentemente.
UEPS
O UEPS é o contrário da metodologia anterior. Sua sigla significa “último a entrar, primeiro a sair”. Dessa forma, o produto mais recentemente incorporado ao estoque da empresa é o primeiro que deve ser disponibilizado para as vendas.
Esse método de controle de estoque não é recomendado para empresas que trabalham com produtos perecíveis, e exigem controles ainda mais elaborados para que a empresa não venha a sofrer com avarias e perda de produtos.
Uma vez que os custos das mercadorias vendidas são calculados pelo valor dos produtos mais novos, essa metodologia faz com que o lucro contábil das empresas seja menor e, por isso, essa prática é vedada pela Receita Federal para fins cálculo do Imposto de Renda, podendo ser utilizada somente para objetivos gerenciais.
CUSTO MÉDIO
Também chamado de Média Ponderada Móvel (MPM), esse método renova os valores do estoque a cada vez que há uma nova entrada de itens, por meio do cálculo de uma média ponderada. A média é o resultado da soma dos valores dos produtos antigos com os valores dos produtos novos, dividida pela quantidade total de itens disponíveis no estoque.
Esse método é ideal para empresas cujos valores de seus itens de estoques não sofram grandes oscilações. Mesmo assim, é preciso adotar controles adicionais para verificar se o estoque não está super ou subavaliado. Vale lembrar que o Custo Médio e o PEPS são os únicos métodos de gestão de estoque aceitos pelo Ministério da Fazenda para fins de cálculo do Imposto de Renda.
JUST IN TIME
O Just in Time (literalmente traduzido como “no momento exato”) é um método de gestão desenvolvido especialmente para promover a redução de custos, no qual o nível do estoque é mantido no menor nível capaz de atender as demandas da empresa.
Essa metodologia requer um acompanhamento rigoroso por parte dos gestores, a fim de evitar que a empresa perca boas oportunidades de vendas por não ter estoque suficiente de produtos para atender às demandas. Esse que é um dos principais “pecados” cometidos na gestão de estoque.
Para que esse método funcione, é preciso contar com bons fornecedores como parceiros, para que as requisições sejam atendidas com agilidade e na frequência necessária.
CURVA ABC
Esse método de gestão baseia-se em três pilares fundamentais para estabelecer a importância da manutenção de cada produto no estoque. São eles: o giro, o faturamento e a lucratividade.
De acordo com esses critérios, os itens de estoque são classificados em três tipos:
• Itens de tipo A: são as mercadorias mais importantes e com maior valor. É preciso ter controle absoluto, visto que trata-se dos itens mais valiosos para a empresa, embora possam não ser os mais numerosos. São produtos com giro razoável, mas que geram alta lucratividade e faturamento.
• Itens do tipo B: são os bens de valor médio e, por isso, não são aplicados controles tão rigorosos como aqueles aplicados aos itens classificados como A. No entanto, é preciso controlar, principalmente, a quantidade desses itens em estoque, visto que eles tendem a ser os mais numerosos.
• Itens do tipo C: são os menos valiosos para a empresa, de modo que não é tão importante adotar muitos controles para eles. Esses itens, frequentemente, podem ser excluídos dos inventários rotativos, por exemplo. Eles devem ser mantidos em pequenas quantidades no estoque, apenas para garantir o atendimento de eventuais demandas.
Controle de estoque para pequenas empresas: boas práticas
Para se ter um bom controle de estoque é preciso implementar uma série de rotinas e boas práticas, uma vez que estão envolvidas atividades complexas e um simples erro pode gerar grandes problemas. Contudo, todo esforço é extremamente válido, uma vez que a empresa passa a contar com uma série de benefícios, tais como maior eficiência, redução de perdas, melhor controle do nível de estoque, maior lucratividade, etc.
Confira algumas boas práticas que podem ser implementadas:
1. Inventários periódicos
Saber se a quantidade de estoque físico é a mesma daquela registrada no sistema é fundamental para as empresas. Todas as decisões estratégicas envolvendo estoques são tomadas com base em relatórios gerenciais. Logo, é muito importante saber se eles refletem a realidade.
Por isso, é preciso fazer o levantamento físico de todos os itens presentes em seu estoque por meio de um inventário. Durante esse procedimento, é importante que você aproveite para organizar a disposição de seus produtos. Separe-os por tipo, cada qual em localidade específica. Esse mapeamento melhora a movimentação de mercadorias e dá mais agilidade a diversos processos.
Além disso, nessa etapa, é muito importante fazer o levantamento da data de vencimento de produtos perecíveis, caso haja, e verificar o estado de conservação dos bens.
Como registrar os dados de inventário?
Existem diferentes formas de compilar os dados de um inventário. As mais comuns são:
• Manualmente, utilizando lápis/caneta e papel;
• Utilizando planilhas eletrônicas;
• Com um sistema de gerenciamento de estoque.
Embora a última opção exija maior investimento, a longo prazo ela fará com que sua empresa se torne muito mais ágil e competitiva, com controles muito mais elaborados e eficazes.
Destaque todas as informações importantes
Qualquer que seja a forma que você decida utilizar para compilar seus dados de inventário, é crucial estabelecer quais são as informações relevantes a serem levantadas. Se você não conseguir fazer isso com precisão, poderá acabar tomando decisões estratégicas incorretas, que impactarão negativamente a saúde financeira de seu negócio.
Cada item de estoque tem muitas informações que podem ser relevantes para tomada de decisões. Dentre as principais, destacam-se:
• Número de referência ou número de controle do bem
• Fabricante
• Categoria
• Localização
• Validade
Além disso, podem ser incluídas informações específicas do fornecedor, como o número do pedido e quaisquer outros critérios úteis para o seu negócio (cor, tamanho, modelo, etc.).
Para conhecer a fundo o seu estoque é preciso entender como a mercadoria se movimenta, e isso implica em acompanhar o ciclo de vida de cada item, desde a data de compra do fornecedor até as datas de venda, bem como o custo e o preço de venda.
2. Preste atenção aos custos e às receitas
O controle de estoque não se limita apenas ao levantamento físico. Para que o negócio seja bem sucedido, é preciso monitorar seus produtos levando em consideração o valor e, também, seu giro e sua margem de lucro.
Dessa maneira, você saberá não apenas o produto que mais vende, mas, também, qual gera maiores lucros. Para que isso seja possível, você precisa saber exatamente o preço e quantidade de venda, descontos concedidos e o custo de cada item.
Controles manuais desse tipo demandam muito tempo e, ainda sim, são extremamente suscetíveis a erros. Por isso, é extremamente importante contar com um software para essa finalidade.
Sistemas de gestão mais completos possuem integração com a gestão de compras e de vendas, possibilitando obter maior precisão desse tipo de controle de estoque.
Com estas informações você será capaz de:
• Concentrar-se nos produtos com maiores lucratividades.
• Conhecer os produtos de maior e pior desempenho por quantidade e por margem.
• Gerenciar melhor seus descontos, com uma informação precisa do custo do item.
3. Controle seu estoque com um sistema integrado
Gerir o seu estoque a partir de sistemas diferentes demanda muito tempo de sua equipe e torna o processo extremamente suscetível a erros. Escolher um sistema integrado para controlar seus estoques tornará tudo muito mais fácil. Com esse tipo de solução você poderá:
• Centralizar suas informações e automatizar processos
• Reduzir os erros
• Acompanhar toda a movimentação dos itens de estoque, da entrada até a venda
• Controlar os insumos utilizados na produção de seus produtos
• Monitorar os níveis de estoque.
4. Monitore suas vendas para não ficar sem mercadoria
De todos os problemas que as lojas podem encontrar, ficar sem estoque é um dos mais graves. Por isso, é muito importante monitorar o volume de vendas a fim de fazer previsões mais precisas quanto à necessidade de estoque futuro.
Além disso, você deve analisar outros pontos, como histórico de vendas e fatores econômicos e projeção de crescimento da empresa. Assim, você conseguirá prever suas necessidades e efetuar compras no tempo adequado.
É importante que você monitore continuamente seus principais produtos. Eles estão vendendo mais rápido do que o esperado? Você pode ter que fazer um pedido especial. Estão vendendo menos que o esperado? Talvez você tenha que oferecer descontos ou condições diferenciadas de pagamento para não ficar com o item parado em estoque.
5. Tenha cuidado com suas mercadorias antigas
Controlar o estoque antigo corretamente irá ajudá-lo a diminuir a perda de mercadorias, seja por obsolescência ou em decorrência do vencimento de itens perecíveis e ajudará a melhorar a lucratividade da empresa.
Analisar os itens com baixa movimentação em estoque também é uma boa estratégia para evitar produção ou compra em excesso. Além disso, ao identificar itens com essa característica, você pode buscar formas de aumentar a saída dessa mercadoria.
Com um sistema de gerenciamento de estoque adequado e seguindo as práticas recomendadas anteriormente, você irá manter seu estoque atualizado e, consequentemente, seus clientes satisfeitos com a disponibilidade dos produtos.
Principais erros de controle de estoque
Devido à complexidade da atividade, é comum que ocorra erros no controle de estoque. Saiba quais são os principais e como evitá-los:
1. Excesso de estoque
O excesso de estoque pode ser extremamente prejudicial para as empresas, especialmente para as finanças. Quando refere-se a produtos perecíveis, o problema se traduz, literalmente, em perdas totais.
Em qualquer caso, não deixa de ser uma despesa desnecessária, porque a empresa deixa de ter um capital líquido disponível para investimento e passa a ter um bem parado, que gera apenas despesas, como as de armazenamento.
Para evitar que isso aconteça, é preciso concentrar os investimentos em produtos mais lucrativos e que vendem melhor. A única maneira de fazer isso corretamente é começar a analisar suas vendas mês a mês e o giro de cada item.
Também é importante efetuar análises comparativas com anos anteriores a fim de identificar possíveis sazonalidades ou comportamentos peculiares de algumas mercadorias ao longo do ano.
2. Falta de estoque
Quando o controle de estoque não é bem feito, você acaba correndo vários riscos. A falta de produtos, por exemplo, acaba gerando prejuízos que muitas vezes você nem percebe. Esse tipo de situação pode acarretar, por exemplo, na perda da confiança do cliente, de vendas atreladas e de vendas futuras.
A falta de estoque é tão maléfica para a empresa quanto o excesso. Por isso, é importante ter um controle adequado para que nenhum dos casos venha a acontecer.
3. Problemas de sazonalidade
Em muitos tipos de negócios é comum que haja oscilações nas vendas durante o ano, em função de fatores externos. Para não incorrer em falta ou excesso de produtos, as empresas precisam adaptar seu estoque às demandas do mercado.
Esse tipo de análise precisa ser feita frequentemente para impedir que as empresas incorram em custos desnecessários.
Vale lembrar que além de captar informações de sazonalidade, é preciso fazer um bom planejamento para não sofrer com problemas externos, como atrasos de fornecedores.
4. Uso de ferramentas de controle inadequadas
Utilizar ferramentas de controle que não atendem plenamente às necessidades da empresa também é um erro comum de acontecer.
Muitas vezes, as soluções são implementadas no início da empresa e, após o crescimento da operação, passam a não ser suficientes para dar conta de todas as necessidades do negócio. Isso pode levar, dentre outras coisas, a tomada de decisões incorretas, baseadas em dados incompletos.
O aviso que fica é que não basta apenas utilizar soluções para o controle de estoque. Essas ferramentas precisam ser adequadas à operação da empresa e ser escalável para acompanhar o crescimento das operações. Se você não tiver um sistema que atenda às necessidades de seu negócio, você poderá tomar uma série de decisões equivocadas que só serão identificadas muito posteriormente. Em muitos casos, será muito tarde para revertê-las e você as verá traduzidas na forma de perdas ou custos desnecessários.
Além disso, a automação dos procedimentos de controle de estoque ajuda a minimizar o tempo e os custos operacionais.
5. Falta de inventário físico
Muitas empresas acabam não realizando inventários regularmente e acreditam que a quantidade que consta em seus controles é a real. Isso pode gerar problemas de compra indevidas ou falta de estoque em momentos cruciais para a empresa.
Controle de estoque no processo de venda
Você também pode controlar o estoque com a forma como o vende. Veja como:
Agrupamento: combina produtos ou serviços para oferecer ao cliente um valor extra em sua compra. Nas práticas de controle e gerenciamento de estoque, agrupar é uma maneira de movimentar o estoque antigo.
Por exemplo, você pode incluir um presente gratuito surpresa ou oferecer um preço reduzido para quem comprar determinado produto ou realizar uma compra com valor total acima de um limite pré-determinado. Essas técnicas estimulam as vendas e também melhoram a experiência no varejo.
Transporte da gota: também conhecido como cross-docking, o transporte da gota ocorre quando um fabricante ou fornecedor envia seus produtos diretamente aos clientes em nome do varejista. Nesses casos, o varejista nunca tem o produto em estoque e nunca lida diretamente com ele. Essas empresas trabalham principalmente via vendas pela Internet.
Estoque em consignação: esse acordo comercial ocorre quando uma empresa varejista entrega seus produtos a outra sem efetuar uma venda efetivamente. A loja ou empresa paga pelos produtos assim que os vende para o consumidor final, por uma porcentagem acordada com o varejista.
Nos dois últimos casos, apesar de não ter o produto em seu poder, ainda assim as empresas precisam ter um controle adequado para conseguir informar as disponibilidades a seus clientes e efetuar todos os registros de forma correta.
Processos de controle de estoque
Os processos de controle de estoque são as ações e técnicas usadas para organizar o estoque e medir as lacunas, oportunidades e sucesso relativo às demandas dos clientes. Nesse sentido, é recomendável utilizar KPIs para medir o sucesso de seus processos e procedimentos.
Algumas empresas estão tão preocupadas em não ter estoque suficiente, que estocam em excesso, o que lhes custa mais do que apenas o preço dos produtos. Uma vez que eles vinculam seu capital, eles devem armazenar seus produtos a um custo e estes, por sua vez, podem ser danificados ou depreciados.
Para evitar esse tipo de problema, é recomendável que você divida seu estoque em três categorias básicas:
• Estoque de segurança
• Reabastecimento
• Excesso e obsoleto
Ao desenvolver processos de controle, determine se você também deve executar simultaneamente uma avaliação de negócios. Você deve avaliar as funções e processos de negócios para identificar as lacunas e oportunidades de mudança.
Os princípios de gerenciamento de mudanças devem levá-lo do estado em que se encontra através da implementação de suas futuras alterações. Se você deseja atender melhor os clientes, determine como suas políticas e processos de controle de estoque os afetam.
Planilha de controle de estoque x Sistema de controle de estoque
As planilhas de controle de estoque ainda são amplamente utilizadas pelas empresas, em especial, por aquelas de pequeno porte. Dentre suas principais vantagens, destacam-se o baixo custo e a popularidade dessa ferramenta, o que faz com que quase todos os funcionários consigam utilizá-la.
No entanto, as planilhas eletrônicas não foram projetadas para fins gerenciais e, por isso, contam com uma série de limitações. Em certa medida, elas podem, inclusive, levar os gestores a tomarem decisões equivocadas. Alguns problemas recorrentes são utilização de planilhas desatualizadas no processo de decisão ou dados incorretos decorrentes de erros de digitação ou de fórmulas.
Além disso, esse tipo de solução demanda muito mais tempo e diminui a produtividade.
Os sistemas de controle de estoque integrados são muito mais eficazes, uma vez que automatizam processos, reunindo dados de diferentes áreas de forma automática, evitando, assim, erros e melhorando a qualidade dos relatórios gerenciais.
Software integrado de controle de estoque
Para controlar efetivamente seu estoque, você precisa de visibilidade no nível do item – algo que um sistema ERP voltado para o varejo pode fornecer se você o usar de forma consistente. Nesse caso, o uso consistente significa que cada membro da equipe o usa da mesma maneira toda vez que produz, vende ou recebe mercadorias. O software pode trazer muitos benefícios.
Por exemplo, você sempre sabe o que foi vendido em tempo real e consegue ter uma gestão de vendas eficaz. Assim, você tem informações de qualidade que possibilitam traçar estratégias de negócio de forma rápida e eficiente.
Além disso, você tem uma versão eletrônica de cada transação, que pode incluir o número da peça, a quantidade, quando e onde a vendeu. Outras vantagens de ter um software de controle de estoque dedicado incluem:
• Aumenta os lucros
• Evita a falta de estoque
• Auditoria rápida e eficiente
• Economia de tempo
• Maior flexibilidade
• Recuperação rápida de informações
• Relatórios gerenciais integrados
Para começar, procure o software com recursos que suportem as necessidades atuais e futuras de sua empresa.
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Oferecemos soluções de gestão na nuvem, baseados no conceito SaaS, o que significa que, em vez de efetuar pagamentos elevados, pontuais e únicos, você efetua pequenos pagamentos mensais, semestrais e anuais para contar com nossas soluções.
Essa é uma grande vantagem para empresas que possuem restrições do fluxo de caixa.
Dentre nossos produtos, contamos com uma solução completa para gestão de estoque, que conta com as seguintes funcionalidades:
• Inventário: Processo de comparação entre estoque sistema e estoque físico, gerando os devidos ajustes de estoque.
• Consultas: Consultas por fornecedor, marca, produto, local de estocagem, código.
• Controle de Produção: Controle os insumos utilizados na produção de seus produtos.
• Locais de Estocagem: Criação de locais de estoque além do estoque padrão “Loja”.
• Transferência e Romaneio: Processo de transferência entre locais de estocagem, gerando romaneio das transferências.
• Controle de Estoque: Acompanhamento de todas as movimentações do estoque.
• Grade: Controle do estoque de produtos que utilizam grade, permitindo controlar o estoque de cada combinação de grade do produto.
• Etiquetas: Emissão de etiquetas de forma flexível com código de barras nos padrões “EAN-13” e “CODE-128”.
O Cake é o sistema de gestão online, com inteligência e melhores práticas de mercado, feito para varejo, distribuidores e franquias.
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