Comprar de forma inteligente, programar abastecimento de acordo com a exata demanda de cada praça e período, minimizar perdas e maximizar oportunidades: Parece o sonho dourado de qualquer varejista, mas é simplesmente o resultado de uma gestão bem feita de giro de estoque.

Já o contrário pode virar um pesadelo, acarretando severas perdas financeiras. Este post está aqui para evitá-las.

O que é o giro de estoque?

O giro de estoque é uma análise que ajuda o varejista a entender e acompanhar, de forma sistemática, o ritmo em que seu inventário é reabastecido, observando questões como: tempo de permanência dos produtos em loja, comportamento das mercadorias (se venderam, demoraram a vender ou foram perdidas por vencimento ou outra avaria), entre outras.

Basicamente, a conta consiste em dividir o total de vendas (seja em volume financeiro ou número de itens) pelo volume médio armazenado em um determinado período.

O cálculo da rotatividade do estoque deve ser feito em ciclos que variam de acordo com as particularidades de cada empresa, sendo mais comum o anual.

Um resultado menor do que 1 indicará que, ao final do período, produtos não vendidos ficaram no estoque, resultando em vendas perdidas = prejuízo. Resultado maior do que 1 indicará que todos os itens do estoque foram repostos ao menos uma vez, ou seja, tiveram saída e trouxeram lucro.

Como fazer o cálculo do Giro de Estoque?

Agora que você já sabe o significado dessa métrica, talvez esteja se perguntando como você pode calculá-la.

O giro de estoque pode ser encontrado através de uma conta simples, dividindo o valor das vendas do período pelo estoque ao final deste.

Exemplo: uma loja de calçados mantém um estoque de 1000 pares, com um valor de R$ 100 mil reais a preço de compra. O total de vendas em um ano foi de 20 mil pares, equivalente a R$2 milhões em vendas a preço de compra. Dividindo o valor vendido pelo estoque, temos 20, que é o número de vezes que o estoque da loja foi renovado durante o ano.

Outro cálculo válido para aumentar o controle de estoque é saber o tempo médio de cada giro, que nada mais é do que dividir o número de dias no ano pela quantidade de vezes que o estoque girou no período.

Assim, se uma loja teve dez giros de estoque no ano, isso representa um giro a cada 36,5 dias (365 dividido por 10).

Essas contas, porém, não levam em consideração questões como as flutuações na concentração de estoque ao longo do ano, nem a variação de preços, já que existem períodos com maior e menor giro de determinados produtos.

Por isso, o mais indicado é ter um valor médio do estoque para o ano e utilizar o valor de compra das mercadorias, assim a conta para o giro do estoque será mais certeira.

Mais tempo ou menos tempo?

É claro que nem toda regra vale para todos. A maioria das lojas lida com mais de um tipo de produto, e isto requer cálculos que considerem as especificidades de cada linha.

Por exemplo: quem vende perecíveis terá de calcular o giro de estoque com base em períodos menores, dada a volatilidade da mercadoria.

Dependendo do tipo de produto, diferentes periodicidades podem dar uma visão mais assertiva da movimentação do estoque, ajudando a saber o que tem mais ou menos saída e o que precisa ser reposto com mais frequência, evitando tanto que algo falte ou fique sobrando no estoque, quanto na gôndola – ambas ocasiões que não trazem nada além de prejuízo.

Como saber se meu giro de estoque está bom?

Apesar de serem relativamente fáceis de calcular, os números do giro de estoque não são lá tão simples de interpretar.

Um bom começo para saber se a empresa está girando o estoque de forma correta é observar os padrões de mercado, de acordo com cada tipo de companhia, e os itens que ela vende.

Nem sempre um número baixo de giros quer dizer prejuízo: por exemplo, um varejista com produtos de ticket alto e não perecíveis, como móveis e eletrônicos, não precisa ter um giro tão alto quando o de um supermercado, certo?

Olho na concorrência!

Atenção ao mercado. Quanto mais alto for o giro de estoque de sua empresa em comparação com competidores do mesmo nicho, mais saudável seu negócio estará.

Já o contrário… Bem, isso pode indicar que algo está errado na saúde do seu negócio.

E, com isso, vamos ao próximo tópico.

Como aumentar o giro de estoque?

Agora que você já entendeu a importância do giro de estoque para o seu negócio e está se perguntando o que fazer para potencializar o giro de estoque na sua empresa, as próximas dicas são para você!

 

1. Seja mais assertivo nas previsões

É importante que você trabalhe em conjunto com seu time de compras para aumentar a capacidade da sua empresa em observar dados e, com isso, prever as demandas, necessidades e preferências do seu consumidor.

Isso dará base para melhorar a programação de calendários de compra, elevando a precisão do estoque e a assertividade das suas ofertas.

A observação de sazonalidades e picos de vendas também é forte aliada nesta tarefa, ajudando a diminuir o tamanho do inventário quando possível e aumentá-lo só se necessário, enxugando investimentos e estancando a perda de dinheiro em mercadoria encalhada.

 

2. Estoque e vendas são inseparáveis

Para o estoque girar é preciso vender. Observe os níveis dos produtos dentro do estoque para tomar as decisões adequadas para fazê-los girar, afinal, estoque parado é dinheiro perdido.

Não tenha medo de reduzir preços e fazer promoções – desde que bem pensadas –  sempre que necessário.

Ah, motivar os times de vendas também é mais do que recomendável!

Lembre-se: pessoas influenciam mais do que palavras, números ou rótulos.

 

3. Tenha indicadores de otimização

Muitas empresas têm o hábito de ter produtos a mais no estoque para atender demandas imprevistas. Isso, porém, não é necessidade: é MITO.

Melhor do que ir na linha do velho “quem guarda, tem” é investir em predição, em tecnologias que permitam avaliar e projetar cenários, facilitando o entendimento do negócio, do seu mercado e a definição de valores mínimos otimizados para cada item.

Com uma solução integrada de gestão, assim que o produto atingir uma determinada marca no estoque, o setor de compras poderá ser automaticamente notificado para fazer reposições.

 

4. ERP: A sua mão amiga

Não, você não precisa fazer tudo isso sozinho. A tecnologia está aqui para auxiliar na gestão do varejo e, particularmente, no monitoramento e controle de estoque. Gerenciar o giro de estoque é algo viável para varejistas de todos os portes. Ufa!

Uma estratégia integrada entre vendas, produção, estoque e compras é a chave para que tudo ocorra de forma mais controlada, sem prejuízo e com otimização dos ganhos.

Um software de gestão (ERP) se encaixa neste processo como o complemento fundamental, que acabará se tornando o cerne do bom funcionamento de todos estes componentes.

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