Acompanhar mudanças e novidades no mercado é imprescindível para se manter competitivo e alcançar bons resultados. Anualmente, novas tecnologias e tendências são divulgadas, apontando caminhos importantes para o futuro do varejo.

Porém, mais importante que tomar conhecimento sobre elas é entender como são aplicáveis ao seu negócio para considerá-las em seu planejamento estratégico e tático, usufruindo de todos os benefícios que elas têm a oferecer. Pensando nisso, selecionamos seis tendências do setor para que você fique de olho!

1- Lojas físicas passam a ganhar uma nova definição

Apesar de ainda representarem um percentual de vendas considerável frente às lojas virtuais, para o futuro do varejo, os estabelecimentos físicos tendem a ganhar novas funções. Algumas novas marcas já vêm surgindo apresentando esta concepção de “loja do futuro”, que contempla mais a experiência, aprendizados e conhecimento do consumidor que as tradicionais relações de compra e vendas em si.

Um exemplo de marca que trabalha já visando este novo conceito é a Amaro. Você pode ir à loja, conhecer os produtos e experimentá-los, mas as compras realizadas nos estabelecimentos são virtuais. Por meio de computadores e totens, você realiza a compra dos itens de interesse, mas apenas o recebe em casa.

2- Redução dos pontos de atrito entre loja e consumidores

Os pontos de atrito entre lojas e consumidores estão com dias, talvez anos, contados. O incômodo de vendedores aos clientes durante as compras tende a ser substituídos por bots.

O mesmo se dá na espera em filas para pagamentos e atendimento para dúvidas ou solução de problemas. Vamos explicitar sobre estes pontos apresentando tendências específicas no texto, mas cabe o olhar atento sobre como o varejo do futuro olha para a experiência do consumidor.

3- Tecnologias com inteligência artificial ditam o futuro do varejo

Mais do que uma tendência para o futuro do varejo, as tecnologias já são realidade. Dentre as possibilidades, muitas já consolidadas no presente, mas ainda emergentes no mercado brasileiro, destaca-se o uso de robôs que usam da inteligência artificial para propiciar uma experiência de compra automatizada e personalizada.

De atendentes a personal shoppers, eles propiciam o atendimento 24 horas por dia, sete dias por semana. Resolvem mais de 90% dos problemas corriqueiros de atendimento e usam do aprendizado por meio dos dados concedidos pelo consumidor para recomendações de produtos alinhados ao interesse do consumidor. Além da melhoria na experiência de atendimento e consumo, para o varejo isso significa também otimização de custos.

Um outro ponto em destaque quanto as tecnologias do futuro do varejo são os bots que atuam sob comando por voz, que tem sido prioridade em investimentos para gigantes como a Amazon. Eles são vistos como tendência de consumo acompanhando o crescente uso da tecnologia por meio dos smartphones.

Pesquisas por produtos ou serviços já são utilizadas em comandos via celular como “ok Google”, para aparelhos com tecnologia Android ou com o apoio da Siri, bot da Apple, dentre outros.

4- Cashless e cardless: pagamento móvel e criptomoedas ganham espaço

A redução dos pontos de atrito que citamos anteriormente já vem sendo levada em consideração nos meios de pagamento. Assim como já aplicado pela Uber, por exemplo, o conceito cashless (menos dinheiro) ganha também a companhia do conceito cardless (menos cartões, em tradução literal), que engloba a automatização dos pagamentos.

A tecnologia também está já em execução e evolução por sistemas de pagamento como Apple pay e Samsung pay, por exemplo. Ela consiste no vínculo dos dados de pagamento ao gadget do consumidor, não se fazendo necessário levar o valor em espécie ou o próprio cartão físico. Com isso, o pagamento é realizado pela validação por meio do próprio smartphone.

Apesar de considerado como o futuro do varejo, esta é uma realidade que já ocorre em alguns estabelecimentos, como supermercados de grande porte. Basta ter o celular em mãos para não se preocupar em retirar o cartão de crédito do bolso!

O conceito de blockchain, meio de pagamento digital que atua na autenticação e validação de documentos merece atenção. Hoje é utilizado apenas para criptomoedas, mas vale a atenção no setor, que o vê como uma das tendências para o futuro do varejo – principalmente por permitir transações com custo reduzido e maior facilidade.

5- Clientes no centro das decisões. Marcas atentas às suas reações.

Customer-centered é um dos conceitos que mais ganham espaço no dia a dia. O olhar ao produto e aos objetivos de negócio traçados pelas marcas cedem o topo da prioridade para o interesse e as interações dos consumidores no futuro do varejo.

No meio virtual, com os concorrentes a poucos cliques de distância, a lealdade às marcas torna-se mais vulnerável. Para se diferenciar e reter a atenção do cliente, é importante entender o consumidor para engajá-lo.

Um exemplo de marca que representa bem esta tendência é a Nespresso. Antes, seu canal de vendas era 100% terceirizado, trabalhando a venda dos produtos por meio de estabelecimentos varejistas não proprietários. Para estabelecer seu posicionamento e conceituar-se como marca de luxo, levando a experiência real da marca ao consumidor, surgem as lojas próprias.

Porém, o mais interessante a ser observado neste caso não é a simples abertura de loja ou como a experiência é oferecida, mas sim sua concepção. A decisão da empresa foi baseada e impulsionada pela experiência on-line já oferecida por meio de um clube de assinaturas da marca.

Tendo conhecimento sobre a localização de seus clientes, a definição sobre onde abrir suas lojas é mais acertada. Um reforço sobre o uso de dados para a inteligência comercial no futuro do varejo.

Mais informações ao consumidor. Mais dados para o varejo!

As compras via smartphones apresentam uma crescente constante. Amparadas pelas facilidades trazidas pela internet, o consumidor se deleita com recomendações e resenhas fornecidas por amigos e desconhecidos – seja em redes sociais, sites específicos ou em recursos nos próprios canais de vendas on-line, o consumo, mesmo que por impulso, passa a considerar as experiências de outros compradores antes da decisão.

Usar isso a favor do seu negócio não é apenas uma tendência para o futuro do varejo, mas merece atenção para otimizar investimentos, melhorar o relacionamento e propiciar experiências de marca mais envolventes, que potencializam o interesse de compra do consumidor.

Uma marca que tem feito isso bem, aliando conteúdo a recomendação de ofertas, é a Nike. No cenário de vendas, as lojas próprias, físicas e virtuais, além dos varejistas terceirizados, já são bastante conhecidas. Porém, com a operação difundida entre os diversos canais, o marketing da empresa optou por trabalhar focando na experiência de seus consumidores.

Com o desenvolvimento de aplicativos que auxiliam os atletas em sua jornada, a Nike coleta dados que favorecem recomendações adequadas às necessidades e interesses desses clientes. O Nike+, por exemplo, foi criado para auxiliar atletas amadores em seus treinos.

Ao utilizá-lo, os consumidores concedem dados sobre objetivos e rotinas, o que permite à empresa recomendar produtos adequados ao perfil do usuário. Dessa forma, além de ser um canal de experiência e fortalecimento de marca, o conteúdo passa a ser também um gerador de dados para que subsidia novas vendas para a empresa.

Para você, qual das tendências apresentadas é a mais revolucionária para o setor varejista? Acredita no potencial de alguma outra que não citamos por aqui? Compartilhe sua opinião com a gente!

 

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